Presente na alimentação humana em praticamente todo o planeta, sendo o grão mais consumido; estrategicamente relevante, com toneladas reservadas por governos de vários países; econômica e financeiramente influente, constituindo uma das commodities negociadas em bolsas de valores mundo afora. Tais credenciais já tornariam o cereal em questão significativo o bastante – mas a nova edição de Arroz: do plantio à colheita, pela Editora UFV, traz elementos e desafios adicionais à produção da aludida espécie.

A obra tem como editores os professores Maicon Nardino e Aluízio Borém, ambos do Departamento de Agronomia da UFV, além do igualmente emérito pesquisador Paulo Hideo Nakano Rangel, da Embrapa Arroz e Feijão. Conta, ainda, com capítulos assinados por autores também considerados autoridades neste campo de pesquisa.

Arroz vermelho e outras ameaças

Uma das principais referências brasileiras no assunto, a publicação ganhou atualização em conteúdo e forma. Em seus onze capítulos, são apresentadas e examinadas evidências já consagradas referentes ao grão, como suas características, o preparo do solo, a adubação e a correção da acidez. Aborda-se, ainda, outras questões centrais para a orizicultura, a exemplo da irrigação, do manejo de plantas, pragas e doenças – sempre enfatizando as discussões mais recentes em torno dos tópicos.

Entre os objetos de reflexão centrais no livro está a produtividade da cultura, eventualmente comprometida por fatores como as mudanças climáticas – considerando-se a grande demanda por água no plantio irrigado da Oryza sativa, na denominação científica da espécie. Se a falta de chuvas preocupa, o excesso tampouco tranquiliza, haja vista, entre outros casos, o impacto das graves enchentes ocorridas no Rio Grande do Sul, onde se produz 70% do arroz brasileiro. Estima-se que houve perdas em torno de 395 mil toneladas do grão.

Além disso, aspectos referentes ao melhoramento da planta – uma das primeiras a serem sequenciadas geneticamente – também recebem tratamento na obra. A produção de cultivares resistentes a temperaturas mais elevadas e a certas doenças, por exemplo, é discutida na publicação. Algumas das maiores dores de cabeça no setor são a Brusone, considerada a doença mais destrutiva dessa cultura, e plantas daninhas como o arroz vermelho, que interfere diretamente a qualidade do produto.

Brasileiros entre os mais exigentes

“O consumidor brasileiro é um dos mais exigentes do mercado mundial, em se tratando de arroz. Mínimas imperfeições que afetem o comprimento do grão, sua espessura ou translucidez, entre outros fatores, já trazem rejeição, o que requer investimentos em padronização no decorrer da cadeia produtiva”, observa o professor Maicon. O pesquisador destaca, ainda, inovações que têm agregado valor ao grão, como o desenvolvimento de variedades biofortificadas – oferecendo mais nutrientes além de carboidratos – e tipos especiais, como o arroz preto ou negro, recorrente na alta gastronomia.

Para conhecer esta e outras publicações da Editora UFV, clique aqui.

Estudantes e professores de Viçosa visitaram o prédio onde funcionam a Editora UFV (EDT) e a Divisão Gráfica Universitária (DGU), no campus viçosense da universidade. Eles tiveram a oportunidade de conhecer detalhes do processo editorial e aprender a operação que leva à produção dos livros e demais publicações.

A visita mais recente, no dia 1º de abril, foi de nove estudantes do curso de Jornalismo da UFV. Conduzidos pela professora Mariana Bretas, os acadêmicos cursam a disciplina Tópicos Especiais – laboratório de comunicação literária. Na EDT e na DGU, receberam instruções de servidores sobre todo o percurso da publicação das obras, desde a submissão de originais por autores até a entrega para comercialização.

Anteriormente, em 27 de março, quem esteve na EDT e na DGU foram alunas de ensino médio da Escola Estadual Dr. Raimundo Alves Torres (Esedrat). Acompanhados pela supervisora Edilaine Patrícia e pelo professor José Roberto Duarte, as estudantes – que participam da publicação de um jornal na Esedrat – também fizeram perguntas e acompanharam as etapas da linha de produção.

Tomar cerveja ouvindo música sertaneja pode deixar a bebida ainda mais amarga. Mas se o gênero musical mudar para rock clássico ou pop, os efeitos sobre o paladar do consumidor serão outros – frutado e refrescante, respectivamente. Estes são alguns dos resultados de um estudo multidisciplinar assinado por pesquisadores da UFV, entre os quais a professora Valéria Paula Rodrigues Minim, do Departamento de Tecnologia de Alimentos (DTA). Referência no assunto, ela é organizadora e coautora do livro “Análise Sensorial: Estudos com Consumidores”, cuja 5ª. edição acaba de ser publicada pela Editora UFV.

Amplamente utilizado pela indústria alimentícia, a análise sensorial corresponde a um conjunto de métodos que visam evocar, medir, analisar e interpretar como os consumidores reagem às características dos produtos oferecidos. Tais técnicas permitem, por exemplo, investigar se o suco é percebido como exageradamente doce, se o aroma da pipoca ao deixar o forno micro-ondas desagrada, se o rótulo inovador leva a uma avaliação favorável ou negativa do alimento, entre outras inúmeras situações.

“Análise Sensorial: Estudos com Consumidores” traz, nesta 5ª. edição, os mesmos rigores científicos e referências das demais, acrescentando-lhes atualizações e discussões ainda mais recentes. Em seus onze capítulos, são abordados desde os métodos clássicos, como os testes de preferência e aceitação, o grupo de foco e a análise de palavras, até metodologias que começam a ser cada vez mais exploradas, como o emprego de redes neurais artificiais.

Um capítulo detalha os chamados limiares afetivos, limites após os quais os alimentos passam a ter aceitação comprometida ou serem rejeitados, por exemplo. A Metodologia dos Limiares Hedônicos (MLH), capaz de determinar essas fronteiras, foi desenvolvida e validada pelo grupo de pesquisa coordenado pela professora Valéria. “Fizemos testes com um suco de uva que trazia 9% de açúcar em sua composição. Fomos reduzindo até chegar a 6,8%, ainda havendo aceitação. Isso traz benefícios à saúde do consumidor e ao setor produtivo, que pode oferecer uma bebida mais saudável com menos custos”, exemplifica a organizadora e coautora da publicação.

Outros temas contemporâneos são igualmente contemplados na obra, como uma investigação sobre as disfunções sensoriais causadas em pessoas acometidas pela covid-19. Além disso, há estudos de casos em diversos segmentos, como os referentes às pesquisas de mercado, trazendo interfaces entre estudos de análise sensorial propriamente dita, psicologia e marketing. Em todos os capítulos, são demonstradas as fórmulas e cálculos necessários para fundamentar as interpretações e conclusões dos pesquisadores.

Para saber mais sobre a 5ª. edição de “Análise Sensorial: Estudos com Consumidores”, da Editora UFV, clique aqui.

(Marcel Angelo – marketing.editora@ufv.br)

A Editora UFV acaba de publicar “Substâncias Húmicas e suas Principais Frações”. O livro reúne informações detalhadas sobre a formação, composição e funções desses compostos no solo, abordando sua influência na fertilização mineral e no desenvolvimento das plantas.

A obra é de autoria dos pesquisadores Roberval Luis dos Santos – doutorando em Fitotecnia pela UFV e com mais de 20 anos atuando no mercado agrícola – e Adriene Woods Pedrosa – doutora em Ciências pela Esalq/USP e professora de cafeicultura do Departamento de Agronomia da UFV.

O que são tais substâncias?

O solo é um ambiente dinâmico e complexo, no qual a matéria orgânica exerce papel fundamental na manutenção da fertilidade e no equilíbrio dos ecossistemas. A decomposição dessa matéria gera diferentes compostos, incluindo as substâncias húmicas, que compreendem ácidos húmicos, ácidos fúlvicos e humina. Essas frações apresentam propriedades que afetam diretamente as características químicas, físicas e biológicas do solo, contribuindo para a melhoria da absorção de nutrientes pelas plantas, a retenção de metais tóxicos e a degradação de poluentes.

A publicação destaca a importância da matéria orgânica na conservação dos solos, especialmente em ambientes tropicais e subtropicais, onde os processos de intemperismo e acidez são predominantes. A atuação das substâncias húmicas na interação com os minerais do solo e na formação de complexos orgânicos é analisada, demonstrando sua relevância para a eficiência da adubação e o desenvolvimento sustentável da agricultura.

O livro também discute as diferentes abordagens sobre a origem e a estrutura das substâncias húmicas, apresentando os mecanismos de humificação e as vias químicas e biológicas envolvidas nesse processo. Além disso, são abordados os impactos da aplicação desses compostos na fisiologia vegetal, considerando seu potencial para aumentar a eficiência de fertilizantes e biofertilizantes.

Com base em estudos recentes, a publicação busca esclarecer lacunas sobre a formação e o comportamento das substâncias húmicas no solo, destacando sua importância para a produtividade agrícola e a sustentabilidade ambiental.

O livro “Substâncias Húmicas e suas principais frações” já está disponível e pode ser adquirido clicando aqui.

O tratamento de problemas nas vértebras do pescoço dos cavalos representa um dos maiores desafios na medicina veterinária, particularmente na lida com animais envolvidos em práticas desportivas. Para suprir a carência de publicações com um viés prático, que orientem sobre a correta realização de exames de raio x, a Editora UFV lançou Anatomia Radiográfica da Coluna Cervical Equina e suas Aplicações.

A obra, em suas 71 páginas, constitui um manual para propiciar a tomada de decisões por profissionais, pesquisadores e estudantes no ramo, para a investigação e o tratamento de afecções. Apresenta imagens demonstrando o correto posicionamento das radiografias, subsidiando, em especial, o trabalho em cirurgia ortopédica em equinos, bem como a instrução de residentes neste segmento de atuação. 

O livro tem autoria das médicas veterinárias Nathalia dos Santos Rosse – doutora em Medicina Veterinária pela UFV e professora de Imaginologia Veterinária – e Brunna Patricia Almeida da Fonseca – professora na UFV, além de mestre e doutora pela Unesp, desenvolvendo pesquisas há cerca de 20 anos com foco na biomecânica, diagnóstico e tratamento das afecções da coluna equina.

Ao longo da publicação, são abordados temas como aspectos gerais da radiologia, como o posicionamento, a obtenção da imagem e a interpretação dos dados; propriedades da coluna cervical, anatomia óssea e articulações; diagnósticos das afeções mais comuns entre equinos, além de outros detalhes referentes ao assunto.

Para saber mais sobre Anatomia radiográfica da Coluna Cervical Equina e suas Aplicações, clique aqui.

A Editora UFV e a Divisão Gráfica Universitária (DGU) encerraram 2024 com avanços em suas atividades. O destaque foi a redução de 12% no tempo de produção das publicações – superando, com sobras, a meta de 5% definida no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI). Houve ainda títulos lançados, realização de eventos para lançamentos, oferta de editais e diversas outras ações concretizadas.

No período, por meio de um edital de fomento com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) foram recebidas 10 novas propostas de obras, das quais nove foram aprovadas, impulsionando a produção editorial da instituição. Com foco na eficiência, todos os trâmites das submissões foram concluídos dentro do ano, reflexo do esforço conjunto da equipe editorial.

Esses esforços resultaram na produção de nove novas publicações e fortaleceram parcerias estratégicas com centros de ensino. A reestruturação da política editorial também contribuiu para tornar o processo mais ágil e acessível.

Em números, a produção totalizou 16 títulos, incluindo seis lançamentos, um livro reeditado e nove reimpressões, somando 6.300 exemplares, além de um e-book. A comercialização de obras alcançou 11.043 exemplares, distribuídos nacional e internacionalmente, reforçando o papel da Editora UFV na disseminação de conhecimento técnico-científico.

Na área gráfica, a DGU respondeu a 1.165 solicitações, produzindo mais de 284 mil materiais, desde cartazes até livros e revistas. O setor de reprografia registrou 687 mil cópias em 1.877 pedidos, evidenciando sua importância para a comunidade acadêmica. Encerrando o ano, a Editora UFV apresentou seu plano estratégico para 2025, resultado de um esforço coletivo para definir metas e ações futuras. O compromisso com a excelência permanece como norte, consolidando a Editora UFV e a DGU como referências em suas áreas de atuação.

“Estamos modernizando nossas atividades, de modo a atrair ainda mais autores, cumprir prazos e manter o rigor acadêmico que historicamente distingue nossas produções”, observa o diretor da EDT, professor Brício dos Santos Reis.

Obras recentemente publicadas pela Editora UFV foram lançadas em eventos ocorridos no campus da UFV em Viçosa e também na região Nordeste do país. Os lançamentos reuniram organizadores e autores, bem como membros da comunidade acadêmica, autoridades, familiares e amigos – que puderam acompanhar e prestigiar o resultado do trabalho científico coletivo e a oferta, à sociedade, de livros produzidos por uma das mais respeitadas editoras universitárias do país.

Os livros, de diferentes áreas do conhecimento, tiveram seus lançamentos realizados em eventos diversos. Um deles ocorreu em Fortaleza (CE), durante o 5º. Congresso de Políticas, Planejamento e Gestão da Saúde. Lá esteve presente a professora Glauce Dias da Costa, do Departamento de Nutrição e Saúde da UFV, uma das autoras e organizadoras de Vigilância em Saúde no Brasil. A obra também foi lançada, dias depois, no II Congresso de Saúde Mental da UFV, que aconteceu no campus Viçosa.

Outra publicação recém-lançada foi A Saga de um Plano Diretor, do professor Ítalo Stephan, do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFV. A obra examina, em detalhes, a trajetória e os obstáculos em torno da elaboração do documento norteador ao desenvolvimento urbano em Viçosa. O lançamento se deu no V Seminário Cidades, Territórios e Direitos, igualmente realizado no campus Viçosa.

Já Cadeias Leiteiras no Brasil foi lançado na oitava edição do Simpósio de Pesquisa em Medicina Veterinária da UFV. Os organizadores da obra são os professores Luís Augusto Nero, do Departamento de Veterinária da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Luciano dos Santos Bersot, da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Mateus Matiuzzi da Costa, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), que apresentaram o livro ao público.