Cadeias Leiteiras no Brasil investiga todas as etapas e desafios do processo produtivo no setor

24 de julho de 2024


A produção brasileira de leite e o rebanho de vacas ordenhadas em território nacional estão entre três os maiores do planeta. No entanto, a produtividade do setor segue muito aquém de seu potencial – situando-nos apenas em posições intermediárias no ranking internacional. “Cadeias Leiteiras no Brasil: Produção, Sanidade, Processamento”, que acaba de ser lançado pela Editora UFV, lança luzes sobre os desafios do segmento, discutindo ampla e minuciosamente todas as etapas do processo.

Uma das mais completas já lançadas no país sobre o tema, a obra tem organização dos professores titulares Luís Augusto Nero, do Departamento de Veterinária da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Luciano dos Santos Bersot, da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Mateus Matiuzzi da Costa, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). Em suas 416 páginas – em formato A4, o maior –, o livro traz 17 capítulos escritos por estes e outros renomados pesquisadores e profissionais da produção de leite no país.

De uma ponta à outra da cadeia, desde aspectos microbiológicos até o processamento dos produtos lácteos, o lançamento inclui diversos estudos e evidências científicas nacionais e internacionais recentes, que fundamentam discussões tanto da perspectiva dos consumidores quanto dos envolvidos na oferta de leite e derivados. Engloba temas como legislação, saúde única, aspectos fisiológicos e nutricionais, enfermidades animais e programas sanitários, entre muitos (literalmente) outros.

As questões relativas às patologias são objeto de discussão mais detalhada nos primeiros capítulos. Um dos tópicos com maior destaque diz respeito ao conceito de Saúde Única –medidas e iniciativas adotadas por diferentes setores na redução de riscos de doenças – e sua aplicabilidade na produção do leite. “Existe uma preocupação mundial com a emergência de bactérias resistentes a antibióticos, já que os recursos convencionais não vêm sendo suficientes no enfrentamento ao problema. As cadeias produtivas de alimentos, e a leiteira é uma delas, são muito inseridas nesse processo, bastante trabalhado no livro”, alerta o professor Nero.

A diversificação da produção, incluindo derivados tradicionais como o queijo artesanal e alternativas mais recentes, a exemplo do whey, também ganhou diferentes capítulos. “A regulamentação desses produtos, em particular em Minas Gerais observando o rigor na qualidade e na segurança para o consumidor, tem muitas particularidades que requerem exame mais cuidadoso de quem atua no setor”, ressalta Nero.

Já os alimentos ricos em proteína se expandiram fortemente no mercado e passara a representar oportunidades lucrativas. “Até pouco tempo atrás, variados insumos, como o soro, eram descartados. Agora, têm grande aceitação e procura”, destaca o professor. Novas tecnologias, embalagens e inovações produtivas estão, igualmente, contempladas na publicação.

Para saber mais sobre o lançamento Cadeias Leiteiras no Brasil da Editora UFV, clique aqui.